domingo, janeiro 02, 2011


Que 2011 humilhe 2010!


Só tenho que agradecer por 2010. Fiz coisas inacreditáveis.
Minha viagem para Argentina, a coisa mais marcante da minha vida, sem dúvidas. Fiz amizades que sei que vão durar para a vida toda, com pessoas de vários lugares do mundo.
Perdi melhores amigos... na verdade, enxerguei que não eram melhores amigos. Agradeço por isso também. Apesar da dor da perda, a recompensa foi melhor. Não fiz muitas amizades. Creio que esse ano foi apenas para eu reforçar algumas.
Não tive grandes amores. Na verdade, tive sim. Meus parentes são meus grandes amores. Aprendi a amar cada um da minha família. Mesmo com nossas brigas, desavenças. Amo todos demais.
Ano de sucesso no colégio. Sem dúvidas, um dos melhores anos da minha vida de escola.
Aprendi a me divertir sozinha. Descobri que sou uma boa companhia para mim mesma.
Fui pela primeira vez em um jogo do meu time. Fui pela primeira vez em uma balada. Tomei meu primeiro porre. Participei de um carnaval de rua. Escutei um "eu te amo" pela primeira vez de uma pessoa realmente especial. Disse um "eu te amo" pela primeira vez para uma pessoa especial. Perdi uma pessoa não muito próxima, porém querida.
Espero que 2011 venha com tudo, e realmente humilhe 2010!!!
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segunda-feira, outubro 18, 2010


na distância, tudo se transforma...


"Porque é certo que as pessoas estão sempre crescendo e se modificando, mas estando próximas, uma vai adequando seu crescimento e a sua modificação ao crescimento e à modificação da outra. Mas estando distantes, uma cresce e se modifica num sentido e a outra noutro, completamente diferente, distraídas que ficam da necessidade de continuarem as mesmas uma para a outra.
Uma pessoa quando tá longe vive coisas que não te comunica e tu aqui vive coisas que não comunica a ela. Então vocês vão se distanciando e quando vocês se encontram, vocês vão falar assim: oi, tudo bom e tal, como é que vão as coisas? E aí ele vai te falar por cima de tudo o que ele viveu e, não sei, vai ser uma proximidade distante. Não adianta, no momento que as pessoas se afastam elas estão irremediavelmente perdidas uma pra outra.
A gente sempre procura um amor que dure o mais possível. Procura, procura, talvez tu aches. Pra mim é horrível eu aceitar o fato de que eu tô em disponibilidade afetiva. Esse espaço branco entre dois encontros pode esmagar completamente uma pessoa. Por isso eu acho que a gente se engana, às vezes. Aparece uma pessoa qualquer e então tu vai e inventa uma coisa que na realidade não é. E tu vai vivendo aquilo, porque não agüenta o fato de estar sozinho.
Eu me sinto superfeliz quando encontro uma pessoa tão confusa quanto eu."

(Caio Fernando Abreu)
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sexta-feira, outubro 15, 2010


Bad days...

Tenho andado muito chateada com certas coisas e comigo mesma. Fiz uma coisa que sei que feri uma pessoa muito querida. Podem me chamar de fria ou algo do gênero, mas essas coisas acontecem... Não fiz por querer, mas tive conciência do que fiz e agora, mesmo arrependida, tenho que arcar com as consequências. Espero que o tempo passe e leve isso embora... ou o amor da amizade cure.



"Eu me sinto às vezes tão frágil, queria me debruçar em alguém, em alguma coisa. Alguma segurança. Invento estorinhas para mim mesmo, o tempo todo, me conformo, me dou força. Mas a sensação de estar sozinho não me larga. Algumas paranóias, mas nada grave. O que incomoda é esta fragilidade, essa aceitação, esse contentar-se com quase nada. Estou todo sensível, as coisas me comovem. Tenho regressões a estados antigos, às vezes, mas reajo, procuro me manter ligado às coisas novas que descobri. Mas tudo fica e se sucede - quase nunca dá tempo de você se orientar, escolher - não gosto de me sentir levado."

(Caio Fernando Abreu)

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quinta-feira, outubro 14, 2010


"I got some troubles but they won't last..."


"Eu sou sim a pessoa que some, que surta, que vai embora, que aparece do nada, que fica porque quer, que odeia a falta de oxigênio das obrigações, que encurta uma conversa besta, que estende um bom drama, que diz o que ninguém espera e salva uma noite, que estraga uma semana só pelo prazer de ser má e tirar as correntes da cobrança do meu peito. Que acha todo mundo meio feio, meio bobo, meio burro, meio perdido, meio sem alma, meio de plástico, meia bomba. E espera impaciente ser salva por uma metade meio interessante que me tire finalmente essa sensação de perna manca quando ando sozinha por aí, maldizendo a tudo e a todos. Eu só queria ser legal, ser boa, ser leve. Mas dá realmente pra ser assim?"

(Tati Bernardi)

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terça-feira, outubro 12, 2010


"Não me prendo a nada que me defina...

Sou companhia, mas posso ser solidão....tranqüilidade e inconstância, pedra e coração. Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, sarcasmo, preguiça e sono. Música alta e silêncio. Serei o que você quiser, mas só quando eu quiser. Não me limito, não sou cruel comigo! Serei sempre apego pelo que vale a pena e desapego pelo que não quer valer... Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato... Ou toca, ou não toca."

(Clarice Lispector)


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segunda-feira, outubro 11, 2010


Mi Buenos Aires querido!


Oi gente! Vim aqui contar um pouquinho da minha viagem do meio do ano...
Fui para Buenos Aires - Argentina, minha primeira viagem pra fora do Brasil.
Que delíííícia de lugar... melhor viagem que já fiz até hoje.
Fiz vários amigos de vários países, exercitei muito meu inglês e recebi muitos elogios por causa dele. Hablé mucho en español. Conheci lugares extraordinários, tive uma linda experiência de entrar nas jaulas de diversos animais. Tive minhas "paixões de inverno", peguei um frio sinistro. Comi muito pagando pouco, uma comida deliciosa. Comi muito alfajor!!!
Vivi muitas coisas e aprendi muitas outras também... Vontade enorme de voltar e terminar de conhecer a cidade, dessa vez com mais calma. Quem sabe ano que vem? ;)
Quem tiver interesse por conhecer a cidade, vá, porque vale a pena. É tudo lindo, os hermanos são gatíssimos, apesar de parecerem muito, haha.
Estou louca pra voltar pra lá e aproveitar muito mais. :)

Muchos besitos! =*
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Qué lástima pero adiós, me despido de ti y me voy.


"...Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente? Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais — por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia — qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido.
Tinha terminado, então. Porque a gente, alguma coisa dentro da gente, sempre sabe exatamente quando termina.
Mas de tudo isso, me ficaram coisas tão boas. Uma lembrança boa de você, uma vontade de cuidar melhor de mim, de ser melhor para mim e para os outros. De não morrer, de não sufocar, de continuar sentindo encantamento por alguma outra pessoa que o futuro trará, porque sempre traz, e então não repetir nenhum comportamento. Ser novo..."

Caio F Abreu
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